É uma aplicação do processo de jateamento que vem ganhando terreno na área industrial em ritmo cada vez mais acelerado. Envolve tecnologia de vanguarda e requer controles e equipamentos apropriados, bem como operadores conscientes e bem treinados, requisitos poucas vezes exigidos quando se especifica jateamento como ferramenta industrial. O processo é identificado por vários nomes conforme e idioma: “Grenailhage de Precontrainte” ; “Kugeslstrahlen”; “Polliatura” etc. podendo ser tradudo por “martelamento” em português. Entretando, “shot peening” é o termo internacionalmente aceito e compreendido por suas peculiaridades.

É comum, na história do desenvolvimento industrial, que importantes invenções tenham sido descobertas mas que, durante muitos anos, tenham sido escassa e irregularmente utilizadas. Redescobertas pela comunidade científica, foram rapidamente elaboradas e difundidas, tornando-se consagradas internacionalmente.

Um caso típico é o “shot peening”. Em Ur (2700 a.C.) o ouro era martelado para aumentar sua dureza. As célebres espadas dos legendários cruzados (1100 a 1400) eram também marteladas até seu esfriamento, obtendo excepcional resistência. Na era moderna, várias empresas pesquisaram seus efeitos, utilizando jateamento em lugar de martelos, e abandoaram os resultados positivos obtidos, só vindo a reutilizá-los trinta anos depois.
“Shot peening” pode ser definido como um tratamento mecânico superficial e a frio de peãs metálicas. Pode ser obtido pelo impacto uniformemente distribuído com objetos de forma arredondada como martelos ou, o que é mais moderno e usual, de partículas esféricas metálicas ou de vidro, aceleradas com velocidades controladas.

O processo está intimamente relacionado à melhoria das características metalúrgicas superficiais dos metas resolvendo problemas de resistência à fadiga mecânica ou térmica, corrosão, rugosidade, porosidade, dureza, tensão residual, conformação], inspeção e outros vinculados à fabricação de peças mecânicas ou estruturais.